O luto é um processo único para cada pessoa, ainda que com repercussões individuais, sociais e, até económicas.

Não há um prazo nem um procedimento específico para o superar, pelo que tudo depende da capacidade e da reação de cada pessoa face à perda sofrida.

A o longo dos anos, o processo do luto tem vindo a ser estudado sob diversas perspetivas, com vista à implementação de apoios e medidas para garantir o efetivo sucesso na superação da perda. Concluiu-se já que uma das medidas que potencia a superação do luto tem a ver com a última imagem da pessoa que faleceu, designadamente aquando das cerimónias fúnebres, sendo que uma imagem negativa ou mesmo a sua falta conduzem a um maior sofrimento e ao seu prolongamento no tempo. O setor funerário, atento a este fenómeno, tem vindo a desenvolver-se e a dotar-se de mais e melhores serviços, designadamente ao nível da tanatopraxia e da tanatoestética, para garantir a imagem correta da pessoa falecida perante os seus familiares aquando da despedida, assim como a sua conservação adequada até final das exéquias. Trata-se de um tipo de serviço suportado em formação profissional cada vez mais evoluída, amplamente difundido a nível mundial e com cada vez mais solicitações. No entanto, considerando os prazos apertados para a realização das cerimónias fúnebres, nem sempre é possível providenciar este serviço às famílias. Afigura-se essencial a alteração dos prazos para inumação e cremação, algo que a Associação dos Agentes Funerários de Portugal (AAFP) tem vindo a trabalhar, sendo ainda de louvar o surgimento de associações sem fins lucrativos que desenvolvem trabalho meritório no apoio a todos os que sofreram uma perda.

texto AAFP, in Jornal de Notícias, Especial Agências Funerárias, pág.6