Este ano, a Associação dos agentes Funerários de Portugal celebra o seu 35º aniversário. Nesta data especial, é tempo de fazer um balanço das conquistas já alcançadas, mas também dos objetivos que ainda falta cumprir.

A Associação dos Agentes Funerários de Portugal (AAFP) foi fundada oficialmente a 12 de janeiro de 1988, então sob o nome de Associação dos Agentes Funerários do Distrito do Porto (AAFDP). Porém, o seu embrião surge em outubro de 1986, quando é eleita a Comissão Pró-Associação dos Agentes Funerários do Distrito do Porto e se descrevem objetivos como “a dignificação da classe em todos os setores que estejam ligados à execução dos serviços funerários, em denunciar todas as anomalias que nos afetam e também trabalhar para a organização da futura Associação dos Agentes Funerários do Distrito do Porto”.

A 9 de maio de 1987, é criada uma Assembleia Geral Constituinte, que engloba todos os estatutos da Associação num documento aprovado por unanimidade e assinado por trinta e quatro agências funerárias. A partir daí, o dia 12 de janeiro de 1988 ficou conhecido como a data de constituição oficial da Associação dos Agentes Funerários de Portugal, mas será́ legítimo considerar o dia 9 de maio de 1987 como a data exata da sua fundação, registada na Ata nº 1.

Prosseguindo uma política de expansão, é determinada a alteração da denominação social para Associação dos Agentes Funerários da Região Norte. Em setembro de 2001 e, alargando o seu raio de ação a nível nacional, foi novamente alterada a denominação oficial para Associação dos Agentes Funerários de Portugal, conforme a conhecemos hoje.

DIREITOS DOS PROFISSIONAIS DO SETOR EM PRIMEIRO LUGAR

Desde a sua criação, os pilares da AAFP têm sido os interesses dos seus asso- ciados e o desenvolvimento da atividade de agência funerária. Estão também no topo das prioridades da AAFP a defesa e a promoção da valorização profissional dos associa- dos, a definição de um código de conduta ética, bem como a gestão de sistemas de certificação e identificação digital para os profissionais do setor. A promoção da formação profissional e da participação em cursos, conferências, colóquios, seminários, congressos e outros eventos é também outro fim em vista da AAFP, com o objetivo de valorizar e qualificar os agentes do setor. Entre as várias ações e protocolos promovidos pela AAFP, destacam-se a formação, qualificação e certificação de pessoas do setor funerário através de workshops e cursos de tanatopraxia. A associação também procura proporcionar oportunidades exclusivas de formação com responsáveis técnicos de agências funerárias, com reconhecimento a nível internacional, além de apostar na formação em Reconhecimento, Validação e Certificação de Competência.

A AAFP participou ainda em diversos projetos de alteração legislativa com entidades oficiais. Exemplo disso é o Decreto- -Lei nº 206/2001, de 27 de julho, para o qual a associação contribuiu decisivamente e cuja promulgação significou um forte contributo para a dignificação do setor, dotando as empresas funerárias com maior capacidade de resposta e assegurando um melhor serviço ao consumidor.

DÉCADAS DE PARCERIAS ESTRATÉGICAS

 Os protocolos de colaboração instituídos com o Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses são motivo de orgulho para a AAFP Um deles versa a cooperação na formação dos associados no âmbito da tanatoestética e tanato- praxia, procedimentos que permitem efetuar o velório com o corpo exposto durante mais tempo e em melhores condições estéticas, o que para muitas famílias é um fator importante no processo de luto. O segundo protocolo permite a remoção e a inumação de cadáveres de indivíduos desconheci- dos, não reclamados nos serviços médico-legais, facultando-lhes um sepultamento digno.

Longa é já também a parceria com o Jornal de Notícias, iniciada em 2002, com um protocolo instituído para a divulgação de eventos relacionados com a atividade funerária e problemas do setor. É graças a esta parceria que, anualmente e há́ mais de uma década, circula uma publicação dedicada à AAFP e às agências funerárias, no Dia de Todos os Santos.

Mais tarde, a AAFP viria a publicar o livro Páginas de Uma História, imortalizando assim toda a sua dedicação pela dignificação do setor e das agências funerárias. Não obstante o respeito que têm pelo seu passado, os responsáveis da associação estão conscientes de que ainda há́ um longo caminho a percorrer. Como tal, a AAFP continuará a apostar na defesa e na representação do interesse dos seus associados, na promoção e divulgação contínua de formação. Fá́-lo-á facultando às agências funerárias o mais alto nível profissional; reformulando leis em vigor, com o objetivo de corrigir injustiças e privilégios injustificados; e lutando pelo regime de incompatibilidades, com vista a terminar com as desigualdades e concorrências desleais.

texto AAFP, in Jornal de Notícias, Especial Agências Funerárias, pág.3 e 4