Analisando a atividade das agências funerárias na sua correlação com a sociedade fica a plena convicção da ausência de noção, por parte do cliente, do efetivo esforço das agências funerárias.

O setor funerário, ao longo das duas últimas décadas, tem registado uma franca evolução em ordem à ampliação da oferta de serviços e muito em especial, no que se refere ao incremento da qualidade do serviço oferecido e prestado.

Já não é só o serviço disponível 24 horas sobre 24 horas que é oferecido, mas toda uma panóplia de itens e serviços complementares que compõem o atual funeral que regista uma cada vez maior qualidade e correspondência com as pretensões dos clientes.

Esta evolução constitui resposta às necessidades da população e da sociedade. O fenómeno do luto tem vindo a ser clarificado e a sua superação implica a oferta de mais e melhores serviços dos quais a sociedade e o setor não tinham sequer noção há algumas décadas.

Como é óbvio, o aumento da qualidade dos produtos e serviços, a constante formação dos profissionais envolvidos no setor funerário, o investimento em veículos e instalações, a par do aumento dos combustíveis, dos salários e serviços subcontratados, representa um cada vez maior custo de funcionamento para as agências funerárias.

Como em qualquer setor de atividade, quando o custo de produção aumenta, por norma esse aumento é transposto para o cliente em idêntica proporção.

Certamente consciente da condição económica da sociedade portuguesa onde atualmente se verifica uma acentuada diminuição do poder de compra, afigura-se que o aumento do custo efetivo não se reflete em idêntica proporção no custo final de um serviço de funeral assinalando-se assim um esforço das agências funerárias na manutenção de preços pese embora o aumento da qualidade de serviços, produtos e pessoal.

Um bem-haja a todas as agências funerárias, muito em especial aos associados da Associação dos Agentes Funerários de Portugal.

Texto AAFP in Jornal de Notícias, Especial Agências Funerárias, pág.7